14 de maio de 2010

Retrato

Olhei-te, forte retrato na parede, sinto-me como um sonho, que ao ser interrompido por um subto resmungo, deseja voltar, em um sono arranjado. Desastre, perdi-o.
Vejo o céu acima dos teus olhos, sempre claro, risonho, olhais para cima, canto. Algo urrou, não foi o lobo, não foi o vento ou relâmpago, foi a árvore, tão firme, densa, robusta forma revelada em tinta terra; andas imóvel na excelente expectativa do conto, do tático; seguras um simbolo de trabalho e rigidez, cavas um sonho, enterras um ponto. Quão extenso segredo esconde o seu interior, quão formoso sorriso do suor escoa.
Vejo um tom, não é rosa, nem verde, não é morto ou frio, mas revela o sim, quente sensação de vida entre as árvores, feliz realidade escondida atrás de traços longos e fortes, móvel e cheio passou, está e voltará, porque se a aurora encanta, essa imagem destranca um ato cego de olhar; vejo dez traços, nove pontos de encontro e um só chão.
Movimento no imóvel objeto, que decorar é o fútil significado. Frenesi interno, iniciou-se o êxtase, forte debate a corrente de intrigações formada no desejo de surrealizá-lo, célebre encontro entre a idéia e o ser, os tantos olhares expressam a sua multiformedade. Quem o retratou só queria repousar.

Um comentário:

  1. nina vc é super talentosa,tenho orgulho de sermos primas.Bjsss te dollu vc sabe né

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e awe.. oq achou?

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