14 de maio de 2010

Flor..

Me diga Flor... de onde vem o teu perfume? acaso vem do interior do brilho do sol que te alumia? porque se for de lá que recebes o odor que tens, quero banhar-me no brilho que te toca sem desdém e acalentar-me no pavio que vai e vem, olhando em seus olhos enquanto você sorria.
Me diga Flor... acaso teu frescor vem do mar? banhar-me-ia nessas águas se disseres que é de lá, das ondas que vem e vão e na ressaca repousas, em um surto de mornidão no caso de o astro fervente nela tocar, ao fingir que vai dormir, mas na verdade vai acordar.
Me diga Flor... ontem te vi dançar, ensina-me os passos e mostra-me como usar, as asas do vento que sopra ao seu cabelo levar, e sem se esmorecer, ajuda a tecer a partitura do som que não te deixas desistir de nas cifras bailar? Posso eu competir com a graça dos movimentos insertos, armonicamente concretos, suavemente levados pelo impulso de adorar?
Me diga Flor... o brilho que tens acaso é da lua, ao tocar no mar tão tenre e crua? Posso medi-la para saber se é do tamanho da tua, aquela que dentro de ti diz: continua! e que te faz parar e dizer: sou sua!? Se me disseres que sim, certamente me alegrarei, e sem motivo algum direi o motivo do E.
Me diga Flor... o E te disse o motivo de tê-lo? Talvez devesse vÊr o sentido do sEr, quando tento dizer, que Especial é aquele que crÊr que, dentro de vocÊ existe muito mais que uma razão para vivEr, e que é Emocionante entrar em uma atmosfera de Encantos que ao parEcer instrasponível, te leva a vEncer, Flor.
Me diga Flor... Posso te descrever? és tão meiga assim por brilhar, ou porque fazes teatro, dança, correr ou gritar? Banhas-se em algodão ou o veludo por ser botão, em suas pétalas foram postos para abraçar? Diz de cor, de jeito, de som, de feito; ages, repartes, encantas e sentis, seu choro é orvalho ou derramas desejos? Entregues manejos aflitos então, te fasso um pedido me dês sua mão, cantas comigo, me ensinas a sorrir, me levas além dos sonhos, por entre os recados que escrevestes, eu li. Me fazes um queijo desejo aprender, se sei o que é amizade, desejo reler; me mostras o chão e o lado direito, eu quero vencer e conselhos aceito, levante-se comigo vamos brindar, um novo recomeço, eu sento e me esqueço desejo andar, olhai o silêncio talvez não dê tempo do dia e da hora, ou neste momento, de quem sabe dizer que o K é saudade de um tempo que não se foi, e vem o depois de te ver passar e correndo ao seu encontro gritar "amiga"!
Me diga Flor... esquentas?

Retrato

Olhei-te, forte retrato na parede, sinto-me como um sonho, que ao ser interrompido por um subto resmungo, deseja voltar, em um sono arranjado. Desastre, perdi-o.
Vejo o céu acima dos teus olhos, sempre claro, risonho, olhais para cima, canto. Algo urrou, não foi o lobo, não foi o vento ou relâmpago, foi a árvore, tão firme, densa, robusta forma revelada em tinta terra; andas imóvel na excelente expectativa do conto, do tático; seguras um simbolo de trabalho e rigidez, cavas um sonho, enterras um ponto. Quão extenso segredo esconde o seu interior, quão formoso sorriso do suor escoa.
Vejo um tom, não é rosa, nem verde, não é morto ou frio, mas revela o sim, quente sensação de vida entre as árvores, feliz realidade escondida atrás de traços longos e fortes, móvel e cheio passou, está e voltará, porque se a aurora encanta, essa imagem destranca um ato cego de olhar; vejo dez traços, nove pontos de encontro e um só chão.
Movimento no imóvel objeto, que decorar é o fútil significado. Frenesi interno, iniciou-se o êxtase, forte debate a corrente de intrigações formada no desejo de surrealizá-lo, célebre encontro entre a idéia e o ser, os tantos olhares expressam a sua multiformedade. Quem o retratou só queria repousar.

Bernini

Giovanni Lorenzo Bernini nasceu em Nápoles no seio de uma família florentina, filho de Pietro Bernini, escultor maneirista. Cedo acompanhou o pai a Roma, onde suas precoces habilidades de prodígio logo foram notadas pelo pintor Annibale Carracci e pelo papa Paulo V começando assim a trabalhar como artista independente. Seus primeiros trabalhos foram inspirados por esculturas helenistas e romanas existentes, que pôde estudar em detalhe.
Virtuosismo e imitação do mundo eram os dotes do escultor, mas foi o gênero de retratos ou bustos que fez sua fortuna. Por toda sua vida retratou papas, reis, nobres, personagens mais importantes e influentes de seu tempo.









                                                          The Rape of Proserpina

                                                               Apollo and Daphne




7 de maio de 2010

Lembrança


O ENCONTRO
 

Nosso encontro foi marcado por muita emoção.
Meus olhos brilhavam e de repente fui tomada
Todo meu ser “paralisava”, não podia mais me conter
Lágrimas molhavam meu rosto, lágrimas de emoção,
Lágrimas de alegria a sensação de alguém que nascia
de novo e realmente nascia, seu amor tomou
conta de mim, invadia minh’a alma
O sentimento era tão puro e sincero que inflamava
meu ser de amor, pelo toque suave das mãos que me
acalentavam senti uma grande paz, já não era mais
um lugar comum,“não havia pessoas ao meu redor”,
suas grandes asas me transportavam para o
sobrenatural, inexplicável sentimento,
indescritível sensação, assim como a corsa anseia
por água meu ser suspirava pela doce presença
que estava tão perto de mim, de forma que
meus pés corriam apressadamente ao seu encontro,
meu braços ansiosamente desejava abraçá-lo,
o vento do teu Espírito envolvia-me
de maneira que me transformou completamente
de repente ganhei asas, minhas mãos se soltaram
das correntes que me aprisionavam,
seu sangue lavou-me e eu estava livre,
pois VOCÊ me libertou, tomou-me em seus braços
e voou comigo, debaixo das suas asas encontrei abrigo,
um lugar para descansar...
Hoje sou feliz de verdade, pois nosso encontro
marcou a minha vida e me trouxe a verdadeira paz.
JESUS !



Gleice Levita

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