24 de julho de 2010

Ótimo consolo do destino
Que hoje me deu você,
Você que não me ouve, 
Que não faz juízo às minhas palavras;

Você que me olha, que tenta me entender,
Que tenta fazer desse olhar venérea impressão
Ainda pobre, ingênua, crua, ocre.

Movimentos exatos, embora subjetivos, 
Tentamos a comunicação,
Tentamos fitar os olhos no que se pode vir além das impressões,
No que o incompreensível gesto, torna-se ânimo e fogo dentro do coração, que vê no diferente a possibilidade do tato e contato.
Nível mesquinho na natureza do que acarretam a ele.

Motivou-me, encantou-me, libertou-me da sagrada ignorância que separa dois mundos.

Sua presença quebrou um grande tabu,
áquele que diz que se se é perguntado algo, deve-se resposta, e como se cala, porque suas palavras os são incompreensíveis, são levados como simples brinquedos de gozação do destino.  
Tornou-se amigo, tornou-se irmão,

E não sou louca por ouvir palavras que nunca sairão da sua boca e sim de suas mãos.

Darte-ie um recado: Estou aqui, te entendo, te ouço, te vejo e és significantemente belo por ser do geito que és, detentor da possibilidade de não ouvir tantas coisas que não queria e assim, guardar o encanto da inocência, o qual em outras ocasiões talvez não o tivesse.

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