Ótimo consolo do destino
Que hoje me deu você,
Você que não me ouve,
Que não faz juízo às minhas palavras;
Você que me olha, que tenta me entender,
Que tenta fazer desse olhar venérea impressão
Ainda pobre, ingênua, crua, ocre.
Movimentos exatos, embora subjetivos,
Tentamos a comunicação,
Tentamos fitar os olhos no que se pode vir além das impressões,
No que o incompreensível gesto, torna-se ânimo e fogo dentro do coração, que vê no diferente a possibilidade do tato e contato.
Nível mesquinho na natureza do que acarretam a ele.
Motivou-me, encantou-me, libertou-me da sagrada ignorância que separa dois mundos.
Sua presença quebrou um grande tabu,
áquele que diz que se se é perguntado algo, deve-se resposta, e como se cala, porque suas palavras os são incompreensíveis, são levados como simples brinquedos de gozação do destino.
Tornou-se amigo, tornou-se irmão,
E não sou louca por ouvir palavras que nunca sairão da sua boca e sim de suas mãos.
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e awe.. oq achou?