4 de junho de 2010

Ainda espero..

Me perdi de novo.
Meus sonhos voaram para longe, os meus super-heróis viajaram. Estou só.
Pensei em não te machucar, em ficar parada, em silêncio pra ver se o seu olhar expressava que consegui esconder o meu medo; mas não me contive, peguei na sua mão, meus dedos suavemente percorreram os seus e gritavam aflitos afim de que você tirasse-os da solidão, o que eu via era muito mais do que toques, o suor do tremor interno, pulsante também estava ali, poderia não significar nada, e mesmo o nada é algo importante, ao menos para mim.
Vejo a sua mão dobrar, e meio que como um consolo apertou a minha, o meu ar acabou e o nada com o tudo que viria após o minuto vazio me tomaram, e o temor não era mais pelas mãos, e sim pelos olhos que frios não olhavam pra mim.

Olhei-te, mas tu não me olhas-te; aguardei com o relógio do pulso os milênios que se passaram em minutos vividos, a resposta que não veio e ainda aguardo; quando você virou não me viu, ao seu lado estava um poste, que com seus olhos ofuscantes te olhava, mas você nem sabia o que neles se guardavam. A resposta não foi dita, olhar não correspondido e o aperto não significava mais do que educação.
Triste história inacabada, de uma página que não foi virada, de um tempo que se chama agora e torna infinito o som dos martelos vermelhos, que batem como loucos que lutam por uma causa sem som. É só o que eu ouço, é só o que me atrái. Triste sensação que me alimenta a alma.
Posso eu livrar-me da dor? é mais real que o toque, que o beijo, que o corpo, que o seu amor. Se puder, me tires daqui!

2 comentários:

  1. tá muito bonito,gos tei de vdd,parabéns

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  2. Como eu te disse li e me apaixonei, aqui eu me sinto confortada gostei do " o nada é algo importante, ao menos pra mim"...Muito interessante eu geralmente gosto tbm do nadifundio ou das ninharias desimportantes da vida.
    Um beijo meu amor..

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e awe.. oq achou?

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